Zema tenta se explicar após repercussão das suas afirmações
O governador foi alvo de críticas por parte de parlamentares do norte e nordeste, depois de defender a retomada do "protagonismo político" pelas regiões sul e sudeste
Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil
Redação NERO
07/08/23 17:01

Em nota oficial, o Consórcio Nordeste apontou que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo-MG), demonstrou “uma leitura preocupante do Brasil”. Zema teria afirmado, no último sábado (5), durante entrevista para o jornal O Estado de São Paulo, que as regiões sul e sudeste necessitavam ter “além do protagonismo econômico” também o político.

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A polêmica surgiu quando Zema destacou que, apesar das regiões sul e sudeste representarem cerca de “56% dos brasileiros”, enfrentam mais dificuldades para aprovar seus projetos em Brasília. Em contrapartida, “outras regiões do Brasil, com estados de menor porte em termos de economia e população”, conseguem aprovar uma variedade de projetos devido à sua coesão interna.

O Consórcio ressaltou que a declaração do governador perpetua a concepção de um país fragmentado e desigual. Zema “ao defender o protagonismo do Sul e Sudeste, indica um movimento de tensionamento com o Norte e o Nordeste, sabidamente regiões que vem sendo penalizadas ao longo das últimas décadas dos projetos nacionais de desenvolvimento”, segundo a nota.

Também é mencionado que tanto o Consórcio quanto a Amazônia Legal têm como objetivo valorizar a identidade e a história de seus territórios, estabelecendo conexões entre si para garantir a disponibilidade de recursos para o seu crescimento, mitigando as desigualdades regionais que possam existir.

A nota termina rejeitando “qualquer tipo de lampejo separatista”, e menciona que existe um compromisso em fortalecer o “projeto de um Brasil democrático, inclusivo e, portanto, de união e reconstrução”.

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Após a repercussão do seu discurso, Romeu Zema manifestou-se, em suas redes sociais, esclarecendo tratar-se de um mal entendido e reiterou que não tinha a intenção de menosprezar as outras regiões.

“A união do Sul e Sudeste jamais será pra diminuir outras regiões. Não é ser contra ninguém, e sim a favor de somar esforços. Diálogo e gestão são fundamentais pro país ter mais oportunidades. A distorção dos fatos provoca divisão, mas a força do Brasil tá no trabalho em união”, escreveu no seu twitter.