Lula exonera diretor-adjunto da Abin em meio a investigação de monitoramento ilegal
A exoneração ocorre após a PF deflagrar uma operação que investiga produção de informações clandestinas
Reprodução: Agencia Brasil/Antonio Cruz
Redação NERO
31/01/24 10:25

O presidente Lula (PT) exonerou nesta terça-feira (30) Alessandro Moretti do cargo de diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A decisão foi oficializada na noite de ontem por meio de uma edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

A exoneração ocorre após a Polícia Federal (PF) deflagrar uma operação que investiga um suposto esquema de produção de informações clandestinas dentro da Abin durante a gestão do então diretor e atual deputado federal, Alexandre Ramagem (PL-RJ). Um dos alvos da investigação é o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Anteriormente, o presidente Lula, em entrevista, afirmou que, caso fosse comprovado o envolvimento de Moretti no monitoramento ilegal realizado no governo passado, não haveria condições de ele permanecer na instituição.

O delegado federal Alessandro Moretti ocupava o cargo na Abin desde março de 2023, mantendo-se no órgão devido à sua relação de confiança com o diretor-geral Luiz Fernando Corrêa, nomeado pelo presidente Lula.

Com a saída de Moretti, o segundo cargo mais elevado na Abin será ocupado por Marco Aurélio Chaves Cepik, conforme comunicado da Casa Civil da Presidência da República. Cepik é professor universitário e atual diretor da Escola de Inteligência da Abin.