A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos de 8 de janeiro aprovou nesta quinta-feira (24), um total de 57 requerimentos que autorizam a quebra de sigilos bancários, fiscais, telemáticos e telefônicos, bem como convocações de indivíduos sob investigação.
Entre os requerimentos, incluem-se a reconvocação do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel do exército, Mauro Cid, e a quebra do sigilo fiscal, telemático e telefônico da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Ambas solicitações foram elaboradas pela relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA).
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Conjuntamente à convocação do tenente-coronel, os parlamentares da comissão aprovaram ainda a quebra de sigilo de três outros militares vinculados à Ajudância de Ordens da Presidência da República do governo do ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL): o coronel Marcelo de Costa Câmara, o tenente Osmar Crivelatti e o sargento Luís Marcos dos Reis. Conforme informações da Agência Senado, “a CPMI vai investigar o possível envolvimento deles no pagamento de despesas da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro”.
No caso de Zambelli, além da comissão ter pedido o acesso ao Relatório de Inteligência Financeira (RIF) e a quebra de sigilos telefônico e telemático, foi requisitado o mesmo para o seu irmão, o deputado estadual de São Paulo Bruno Zambelli (PL-SP), e para o então assessor parlamentar da deputada, Renan César Silva Goulart.
A deputada está sob investigação da Polícia Federal (PF) devido à suspeita de invasão do sistema interno do Judiciário. Durante a audiência da semana passada, a comissão ouviu o hacker Walter Delgatti Neto, que afirmou que a parlamentar teria recebido cerca de R$ 40 mil para realizar a invasão. Zambelli, por sua vez, nega quaisquer acusações.
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A votação realizada nesta quinta-feira foi simbólica, uma vez que os parlamentares já haviam chegado a um acordo prévio.
Na sessão de hoje, a comissão irá ouvir o sargento Luís Marcos dos Reis, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que esteve envolvido na invasão da Praça dos Três Poderes em Brasília e está detido sob suspeita de falsificar o cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro.