Os servidores administrativos da rede estadual de saúde do Rio Grande do Norte (RN) decidiram suspender suas atividades por tempo indeterminado a partir desta segunda-feira (20), após aprovação unânime em assembleia. A paralisação foi motivada pela falta de avanços nas negociações com o governo estadual, segundo o sindicato que representa a categoria, que aponta acúmulo de demandas há muitos anos.
Entre as principais reivindicações estão a fixação de uma jornada de 108 h mensais para quem tem carga de 30 h semanais e de 144 h para os que cumprem 40 h; o pagamento de horas extras previstas no artigo 30 da Lei 694/2022; a implementação de vale-alimentação; e o reajuste das gratificações de chefias e coordenações que, de acordo com o sindicato, permanecem inalteradas há mais de duas décadas. O movimento, conforme previsto pela Lei 7.783/1998, prevê a redução do contingente de servidores para garantir serviços essenciais, mas sinaliza impacto em atividades administrativas em unidades de saúde.
A decisão marca uma nova etapa de mobilização da categoria, que também participará de ato público e audiência na Assembleia Legislativa na mesma data de início da greve, com concentração na Praça 7 de Setembro, em Natal. O governo estadual, por sua vez, ainda não apresentou proposta concreta para resolver as reivindicações, o que aumenta a expectativa sobre desdobramentos da paralisação e possíveis efeitos no funcionamento do serviço público de saúde.