Rosa Weber volta a criticar falta de representatividade feminina após indicação de Zanin ao STF
Apesar das críticas, a presidente do STF diz que o Brasil "vai se orgulhar de ter Zanin como ministro da Suprema Corte"
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Redação NERO
01/06/23 18:30

A ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), voltou a criticar a falta de representação feminina na Corte. A declaração ocorreu nesta quinta-feira (1º), durante reunião com o presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, que está em visita oficial ao país.

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No dia 8 de março, em evento promovido pelo STF em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, Rosa Weber declarou que é necessário reverter o quadro atual, pois “o déficit de representatividade feminina significa um déficit para a própria democracia brasileira”.

Nesta quinta-feira (1º), Lula (PT) confirmou que indicaria o advogado Cristiano Zanin para ocupar o cargo deixado por Lewandowski no STF. A ministra Rosa Weber, fez elogios a Zanin. “O Brasil vai se orgulhar de ter o Zanin como ministro da Suprema Corte”, afirmou. Contudo, pontuou que o número de mulheres nos tribunais superiores é insatisfatório. “Aqui no Brasil nós temos muitas mulheres na base da magistratura, na Justiça em primeiro grau, mas o número decresce no intermediário. Na cúpula, nos tribunais superiores, o número é ínfimo”, disse a ministra.

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Ao longo dos 132 anos de existência do STF, apenas três mulheres integraram a Suprema Corte. A primeira foi Ellen Gracie, indicada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e a ministra Carmen Lúcia, indicada pela ex-presidenta Dilma Rousseff. Durante esse período, 169 homens já passaram pelo tribunal.