O estado do Rio Grande do Norte apresentou resultados distintos na produção de hidrocarbonetos no segundo trimestre de 2025: enquanto a extração de petróleo em ambientes marítimos caiu 29,32 % em relação ao mesmo período do ano anterior, a produção de gás natural aumentou impressionantes 31,2 %, o que corresponde a cerca de 3,1 milhões de metros cúbicos adicionais. Apesar da queda no óleo, a arrecadação com royalties de petróleo e gás no trimestre soma R$ 61,7 milhões, alta de 1,37 % frente ao segundo trimestre de 2024.

Essa divergência nos números está diretamente ligada à maturação dos campos offshore de petróleo – muitos já em fase de declínio – e ao redirecionamento estratégico para o gás natural, que passou a ser melhor aproveitado e comercializado no estado. O secretário-adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte (Sedec) explicou que novas operadoras independentes assumiram campos maduros com foco em maximizar gás, que antes era muitas vezes reinjetado ou desprezado como produto secundário.

Para o futuro, o RN aponta para uma transição energética onde o gás natural assume papel de combustível estratégico, tanto industrialmente quanto para consumo veicular, enquanto o petróleo enfrenta o desafio de elevar a extração remanescente em ambientes offshore já maduros. Investimentos em poços, infraestrutura de escoamento de gás e revitalização de ativos são apontados como fundamentais para manter o estado competitivo no setor e garantir que a alta no gás se traduza em benefícios reais para a economia estadual.