A Polícia Federal (PF) encontrou, após apreensão do celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), uma minuta de Garantia de Lei e Ordem (GLO) e várias trocas de mensagens, áudios e até mesmo documentos para tentar manter o ex-presidente no poder, mesmo após derrota nas urnas. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (7), pela Globonews.
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De acordo com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a PF encontrou “documentos com o objetivo de obter suporte jurídico e legal para a execução de um golpe de estado“. Foram também reveladas conversas com um membro da equipe de Cid, o sargento Luís Marcos dos Reis e com o ex-major do Exército, Ailton Gonçalves, onde arquitetavam uma usurpação do poder. Até ao momento, não foram encontradas provas de que o ex-presidente Jair Bolsonaro tivesse conhecimento do material.
As revelações acontecem em meio a operação que investiga fraude no cartão de vacinação do ex-presidente e da sua filha, Laura.
Marcos dos Reis e Cid estão presos desde maio deste ano e há grande possibilidade que outros membros de sua equipe sejam chamados para prestar depoimento.
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O que é a GLO?
A Garantia de Lei e Ordem ou GLO, está amparada pela Constituição Federal e pela Lei Complementar (LC) 97/10 e o Decreto 3897/99, podendo ocorrer em várias situações.
“A atuação das Forças Armadas, na garantia da lei e da ordem, por iniciativa de quaisquer dos poderes constitucionais, ocorrerá de acordo com as diretrizes baixadas em ato do Presidente da República, após esgotados os instrumentos destinados à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, relacionados no art. 144 da Constituição Federal“.