O Instituto Cidades Sustentáveis em colaboração com o Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec) através da Pesquisa Nacional sobre Desigualdades, concluíram que 31% da população brasileira necessita recorrer a algum tipo de atividade adicional para conseguir complementar a sua renda este ano.
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A estudo também revelou que 57% das pessoas relataram ter percebido um aumento no número de indivíduos em situação de fome ou pobreza em suas cidades. Em comparação com o ano anterior, observou-se uma redução de 18 pontos percentuais no índice. A pesquisa contou com a participação de 2000 pessoas, de 16 anos para cima, em 127 municípios.
Além da maneira como os entrevistados percebem as situações de fome e pobreza, os dados da pesquisa também abordaram outras questões relevantes no cenário contemporâneo e dos direitos humanos. Os resultados revelaram, por exemplo, que 71% dos participantes concordam total ou parcialmente que as mudanças climáticas e eventos extremos afetam todas as pessoas, independentemente de sua classe social. Da mesma forma, 68% acreditam que pessoas de diferentes etnias enfrentam tratamentos distintos dependendo do contexto em que se encontram. Foi relatado que locais como shoppings, estabelecimentos comerciais, escolas e universidades são os espaços onde o preconceito é reportado com maior frequência.
Quanto ao assédio, 40% das mulheres afirmaram ter sido vítimas, destacando como principais locais de ocorrência ruas e espaços públicos, transporte público, ambiente de trabalho, bares, transporte particular e ambiente familiar.
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Segundo o informações da Agência Brasil, praticamente metade da população já sofreu ou viu alguém sofrer qualquer tipo de preconceito por conta da sua orientação sexual, ou identidade de gênero. Apesar de ter apresentado uma queda de 11 pontos percentuais relativamente a 2022, o número permanece elevado.
A Agência Brasil também informou que “os dados da pesquisa foram apresentados no lançamento do Pacto Nacional pelo Combate às Desigualdades nesta quarta-feira, em Brasília. O pacto é uma iniciativa de organizações sociais, associações de municípios, centrais sindicais, entidades de classe, instâncias governamentais do Executivo e Legislativo federal, estadual e municipal, e do Poder Judiciário”