O pescado produzido no Rio Grande do Norte ficou de fora da lista oficial do programa Brasil Soberano, que define os alimentos estratégicos para a soberania alimentar do país. A exclusão surpreendeu produtores e entidades do setor, já que o estado é líder nacional na produção de camarão cultivado e tem relevância crescente na exportação de peixes e mariscos.
Representantes da cadeia aquícola afirmam que a decisão pode comprometer políticas públicas de incentivo, financiamento e proteção ao setor, gerando prejuízos à economia local. Estimativas apontam que mais de 50 mil empregos diretos e indiretos dependem da atividade, especialmente em municípios do litoral potiguar, que concentram a produção de camarão em cativeiro.
O governo federal informou que a lista poderá ser revista conforme demandas apresentadas pelos estados. Entidades potiguares prometem mobilização para reverter a exclusão e garantir que o pescado, especialmente o camarão, seja reconhecido como estratégico. A expectativa é de que ajustes ocorram antes da efetivação das diretrizes em 2026.