Pernambuco conta com 3.644.318 pessoas na força de trabalho (ocupadas e desocupadas) segundo dados do Censo 2022, o que revela uma realidade de desigualdade e fragilidade no mercado de trabalho local. Desse total, cerca de 8,41 % estavam desocupadas, enquanto 91,59 % estavam efetivamente ocupados. Por outro lado, o número de pessoas fora da força de trabalho é semelhante, totalizando 3.653.865 habitantes.
A heterogeneidade entre municípios é grande: em Fernando de Noronha, por exemplo, a proporção da força de trabalho em relação à população alcança 84,3 %, enquanto em locais como Manari esse índice é de apenas 19,9 %. Quanto à escolaridade, 27,5 % da força de trabalho não tinham instrução ou possuíam apenas o ensino fundamental incompleto, e somente 18 % possuíam ensino superior completo — com concentração maior no Recife (32,4 %).
Além disso, acredita-se que Pernambuco ocupa o 2º pior Índice de Gini entre os estados brasileiros, com 0,536, demonstrando elevado grau de concentração de renda entre os trabalhadores. Os dados indicam discrepâncias também de gênero e raça: mulheres e negros recebem, em média, rendimentos menores que homens e pessoas brancas, mesmo com níveis educacionais semelhantes. A conjuntura evidencia que desafios estruturais — como qualificação profissional, distribuição de renda e inclusão social — continuam urgente pauta para políticas públicas no estado.