A Novonor, antiga Odebrecht, assinou acordo de exclusividade com a gestora IG4 Capital para vender sua participação na Braskem. A operação envolve aproximadamente R$ 20 bilhões em dívidas garantidas por ações da petroquímica. Após a conclusão do negócio, a IG4 passará a deter 50,111% do capital votante e dividirá o controle com a Petrobras, enquanto a Novonor manterá apenas 4% de participação residual.
O Ministério Público Federal esclareceu que a mudança no controle acionário não afeta as obrigações da Braskem relacionadas às indenizações em Maceió. O Acordo Socioambiental garante que todas as responsabilidades assumidas pela empresa permanecem válidas, independentemente de alterações na estrutura societária. As obrigações estão vinculadas à própria companhia, protegendo os interesses das vítimas afetadas.
Alexandre Sampaio, presidente da Associação dos Empreendedores e Vítimas da Mineração, discorda e alerta que a transferência pode dificultar pagamentos. Segundo ele, a Braskem pagou apenas 10% do devido às vítimas, totalizando R$ 5 bilhões. Os valores de dano moral ficaram muito abaixo do estabelecido pela legislação nacional e internacional para remoção forçada de populações.
