Lula pede que agronegócio colabore para conclusão do acordo Mercosul-União Europeia
As declarações foram dadas na manhã desta quinta-feira (15), em entrevista a emissoras de rádio do estado de Goiás
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Redação NERO
15/06/23 18:00

Em entrevista a rádios do estado de Goiás, nesta quinta-feira (15), o presidente Lula (PT) declarou que é necessário trazermos racionalidade ao debate sobre as políticas agrícolas e ambientais, ultrapassando quaisquer questões puramente ideológicas.

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“Eu tenho noção que o problema deles conosco é ideológico, não é um problema de dinheiro a mais no Plano Safra. Nós vamos fazer um bom Plano Safra porque nós queremos que a agricultura brasileira continue produzindo (…) para continuarmos exportando cada vez mais”, disse Lula.

O chefe do Executivo lembrou ainda que, nesta quarta-feira (14), o parlamento francês vetou o acordo Mercosul-União Europeia (UE), por não aprovar as medidas adotadas pelo Brasil em relação à agricultura. O acordo começou a ser negociado em junho de 1999, e só foi aprovado 20 anos depois, em junho 2019, no entanto carece de ratificação pelo Parlamento Europeu e pelos países do Mercosul.

“Ontem, o parlamento francês disse que não vai votar o acordo Mercosul-União Europeia por causa da quantidade de veneno utilizado nos produtos agrícolas brasileiros. É importante a gente levar em conta que ser racional, cuidar da agricultura de boa qualidade, é uma necessidade competitiva do Brasil pra China e para França, para os Estados Unidos e para Alemanha e é assim que eu quero tratar o agronegócio”, afirmou o presidente.

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Além disso, Lula ressaltou que deve ser instaurada uma política de preço mínimo para a produção, visando proteger o pequeno agricultor, pois ele “tem uma extraordinária coragem de plantar aquilo que a gente vai comer”, disse.

Acordo Mercosul-União Europeia

O acordo Mercosul-União Europeia (UE) começou a ser discutido em 1999 e só veio a ser assinado em 2019, após 20 anos de negociações. O objetivo principal do acordo é promover uma maior integração econômica e comercial entre os países dos dois blocos por meio de uma redução gradual de tarifas sobre os bens comercializados e, eventualmente, a sua eliminação. Além disso, pretende facilitar a cooperação entre países, em diversas áreas, como por exemplo, na preservação do meio-ambiente e na alavancagem do desenvolvimento sustentável.