Ao lado da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente Lula (PT) enfatizou o seu desejo de concluir o acordo entre o Mercosul e a UE até o final de 2023. A declaração ocorreu durante o encontro entre Comunidade de Países Latino Americanos e Caribenhos e a União Europeia (CELAC-UE) em Bruxelas, nesta segunda-feira (17).
“A União Europeia é o 2º maior parceiro comercial do Brasil. Nossa corrente de comércio poderá ultrapassar este ano a marca de US$ 100 bilhões. Um acordo entre Mercosul e União Europeia equilibrado, que pretendemos concluir ainda este ano, abrirá novos horizontes. Queremos um acordo que preserve a capacidade das partes de responder aos desafios presentes e futuros”, afirmou Lula.
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O acordo entre o Mercosul e a UE, que havia sido concluído em 2019 e estava pendente de assinatura e ratificação, foi alterado devido a uma carta adicional submetida pela UE. Essa carta continha exigências ambientais que afetavam as exportações agropecuárias do Brasil para a Europa. O presidente Lula, à época, chegou a considerar o documento como “inaceitável”.
No entanto, durante o encontro em Bruxelas, Lula afirmou que “o Brasil vai cumprir sua parte. É compromisso assumido, compromisso de fé. Queremos discutir com o mundo a preservação da floresta”, reforçando que o Mercosul está disposto a colaborar pela preservação do meio ambiente.
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Antes de Lula discursar, a presidente Ursula Von der Leyen, havia declarado que a UE está disposta a investir na América Latina e no Caribe, e aberta ao diálogo sobre a melhor forma de fazê-lo para benefício mútuo dos dois blocos.
“Queremos discutir como conectar mais nossos povos e nossas empresas. Tudo isso é possível se concluirmos acordo com o Mercosul. Queremos ser parceiros e que possamos chegar a um acordo que beneficie a todos. A UE quer investir na América Latina e no Caribe, criar bons empregos. Queremos discutir como alcançar resultados”, disse Ursula von der Leyen.