A Justiça da Paraíba concedeu liberdade provisória a cinco policiais militares investigados por participação na chacina que deixou cinco mortos em fevereiro, na divisa entre João Pessoa e Conde. A decisão foi assinada pela juíza substituta Hígyna Josita Simões de Almeida e publicada nesta quarta-feira (17). Os policiais Mikhaelson Shankley Ferreira Maciel, Edvaldo Monteval Alves Marques, Wellyson Luiz de Paula, Marcos Alberto de Sá Monteiro e Kobosque Imperiano Pontes foram beneficiados pela medida judicial.
A magistrada dispensou o uso de tornozeleira eletrônica, argumentando que não existem indícios de risco de fuga e que a medida deve ser aplicada apenas em casos de efetiva necessidade, considerando também o custo para o Estado. Os policiais haviam se recusado anteriormente a usar o equipamento de monitoramento, o que havia impedido sua liberdade em decisão anterior. A juíza entendeu que não havia fundada razão para determinar a monitoração eletrônica, uma vez que não foram aplicadas medidas cautelares que justificassem a fiscalização dos passos dos acusados.
Apesar da liberdade, os policiais devem cumprir medidas cautelares restritivas: comparecimento mensal em juízo, proibição de contato com testemunhas e familiares das vítimas, restrição para deixar João Pessoa sem autorização judicial e afastamento do policiamento ostensivo. A prisão preventiva foi mantida apenas para Alex William de Lira Oliveira, que está fora do país. O crime ocorreu em 15 de fevereiro nas imediações da ponte de acesso a Mituaçu, vitimando Cristiano Lucas da Silva, Alexandre Bernardo de Brito, Hemerson Almeida de Oliveira, Fábio Pereira da Silva Filho e Gabriel Cassiano de Souza Ferreira.