Com a entrada em vigor de uma tarifa de importação de 50% pelos Estados Unidos, as exportações de pescado do Rio Grande do Norte despencaram cerca de 80%, segundo o Sindicato da Indústria da Pesca (Sindipesca). Apenas 20% do volume que antes era enviado ao mercado norte-americano permanece sendo comerciado, devido ao impacto dos custos adicionais para exportadores. A produção de atum, por exemplo, tem grande parte de sua frota parada.
Também houve fortes perdas no setor salineiro. Antes concentradas quase metade das vendas dos produtos como sal podiam ser destinadas aos EUA; agora enfrentam barreiras tarifárias severas. Os produtores denunciam que lucros despencam, custos operacionais sobem e há urgência em buscar mercados alternativos. Medidas emergenciais e articulação política são requisitadas para evitar fechamento de indústrias e preservar empregos.
Dados oficiais mostram que, comparando julho e agosto de 2025, as exportações totais do RN para os Estados Unidos caíram de US$ 6,25 milhões para US$ 1,62 milhão, uma queda de cerca de 74%. Empresas e sindicatos estaduais alertam que, sem suporte para adequação às novas tarifas e diversificação de mercados, o prejuízo será duradouro.