A operação denominada “Intercessor” revelou um esquema de fraudes que agiu entre 2021 e 2023 envolvendo gestores municipais do sudoeste da Bahia, em especial nos municípios de Encruzilhada (prefeito Dr. Pedrinho) e Poções (prefeita Dona Nilda), ambos do PCdoB. A investigação da Polícia Federal apontou que contratos de terceirização pagos com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), do SUS e do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS) foram utilizados para alimentar empresas de fachada, envolvendo valores estimados em mais de R$ 12 milhões.

De acordo com os autos, a estrutura criminosa utilizava familiares dos gestores como laranjas financeiros e apresentava ausência de pesquisas de preços, majoração indevida de valores e prestação de serviços fictícios. Foram cumpridos cerca de 25 mandados de busca e apreensão em municípios como Encruzilhada, Poções, Barreiras e Vitória da Conquista, com apoio da Controladoria‑Geral da União (CGU).

Neste panorama, a operação representa um momento marcante no combate à corrupção municipal na Bahia, destacando a atuação conjunta da PF e CGU contra crimes como peculato, fraude à licitação, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.