De acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira (6) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o mês de junho registrou uma diminuição significativa do desmatamento no bioma Amazônico, atingindo os níveis mais baixos dos últimos cinco anos. A informação é obtida através de dados coletados pelo “Deter”, que é “um levantamento rápido de alertas de evidências de alteração da cobertura florestal na Amazônia, feito pelo INPE”.
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O total desmatado em junho foi de 663 km², o que representa uma redução de 41% quando comparado ao mesmo mês em 2022, atingindo 1.120 km².
No cerrado, o desmatamento em junho de 2023 apresentou uma redução de 14,6% em relação ao ano anterior. O resultado não é expressivo, contudo é um avanço em relação ao mês anterior em que registrou-se uma alta de 83%.
O acumulado do primeiro semestre deste ano para os dois biomas, somou mais de 7.000 km² de desmatamento. Na Amazônia a foram destruídos 2.649 km² de floresta, representando a menor taxa desde 2020 (3.081 km²). Já no cerrado foram derrubados cerca de 4.408 km² de vegetação, o índice mais alto já observado pelo “Deter”.
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A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva (REDE), apontou que a redução do desmatamento só é possível por meio de uma articulação entre as decisões políticas do chefe de Estado e a equipe ministerial.
“A decisão do presidente Lula de assumir como política de governo a continuidade da ideia de que a politica ambiental brasileira será uma politica transversal”, disse.
O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), João Paulo Capobianco, ressaltou que o governo atual se deparou com um cenário de desmatamento em alta, na Amazônia, mas que a pasta tem se empenhado em tomar medidas para reverter a tendência.
“Recebemos a Amazônia em tendência de alta acelerada de 54% (…) o esforço de reverter a curva de crescimento foi atingido”, afirmou Capobianco.
Apesar do sistema “Deter” mapear e emitir alertas relacionados ao desmatamento, os seus dados representam apenas um alerta precoce e não refletem os números finais do desmatamento. Para obter uma análise mais completa e precisa, o Inpe possui outro sistema chamado Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), que divulga os dados duas vezes ao ano. O Prodes fornece informações mais detalhadas e abrangentes sobre o desmatamento na região.