A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos do 8 de janeiro de 2023 aprovou, nesta quinta-feira (3), a quebra de sigilos bancários, fiscais, telefônicos e telemáticos do tenente-coronel, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres.
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“Estamos indo de forma sequencial. Em uma primeira leva pedimos os RIFs (Relatórios de Inteligência Financeira) que focaram nos financiadores. E também aprovamos as quebras (de sigilo), especialmente do Mauro Cid, da Combat Armor e da SIPAL, que são empresas que têm indícios de terem participado de alguma forma desses financiamentos”, explicou a relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA).
Apenas dois membros da CPMI votaram contrariamente à quebra de sigilo, o deputado federal André Fernandes (PL-CE) e a senadora Damares Alves (Republicanos-DF).
O tenente-coronel, Mauro Cid, esteve presente numa das sessões realizadas pela comissão no dia 11 de julho, porém optou por permanecer em silêncio por praticamente toda a sua duração. Já Torres, irá se apresentar pela primeira vez diante da comissão na próxima terça-feira (8).
Segundo Eliziane Gama, o depoimento de Torres poderá ser “fundamental” para que os parlamentares possam compreender com maior clareza o que aconteceu entre os períodos de novembro a janeiro, que culminou no ataque à Praça dos Três Poderes.
“Eu acredito que é fundamental a presença dele aqui na próxima terça-feira e acredito que será essa a pauta da semana que vem”, afirmou.
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Outras aprovações
A CPMI dos atos golpistas aprovou também a quebra de sigilos de George Washington, condenado por ter planejado um atentado nos arredores do aeroporto de Brasília; do general Carlos Eduardo Feitosa Rodrigues, ex-secretário de Segurança e Coordenação Presidencial, nomeado pelo ex-presidente; e de André Luiz Garcia Furtado, ex-coordenador de Segurança de Instalações do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que foi afastado do cargo por ter sido flagrado nas imagens das câmeras de segurança do Planalto no dia da invasão.