O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deflagrou o primeiro embate com o governo Lula (PT). Segundo Bolsonaro, o atual governo não liberou o fornecimento de carros blindados para ele usar em seus compromissos pelo país. A reclamação foi feita durante um evento na sede do Partido Liberal, em Brasília, na manhã desta quinta-feira (30). O ex-chefe do executivo insinuou correr risco de sofrer um atentado.
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“Até segunda-feira, eu tinha direito a dois carros blindados. O anúncio da minha chegada, a Casa Civil tirou os dois carros blindados e estou com dois carros normais aí fora. Agora você pode falar, tem amparo na lei ou não tem? Não está definido”, declarou.
Além disso, Bolsonaro citou o atentado que sofreu na campanha de 2018 e os planos do PCC contra o senador Sergio Moro (União-PR). Ele disse que a atitude do atual governo não é racional.
“Na campanha em 2018, eu tinha 40 policiais federais comigo, e o Cabo Daciolo tinha dois. Por quê? Porque eu tinha, obviamente, o maior risco de acontecer um atentado comigo e aconteceu, mesmo com todos esses os policiais federais. Agora é a mesma coisa. A gente vê essa questão do PCC planejamento, a gente fica preocupado. Eu não tenho peito de aço. Vou tentar buscar um carro blindado para mim. Agora, não é uma atitude racional por parte desse governo que está aí, e eu nunca persegui ex-presidente de nenhum governo. Tudo que foi pedido nós concedemos e fomos até além em algumas coisas. Agora comigo, anunciam que não tem mais carro blindado” disse Bolsonaro.
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Em nota, a Casa Civil afirma que “nenhum ex-presidente tem direito a utilização de carro blindado”. O texto do secreto 6.381 de fevereiro de 2008 diz que “findo o mandato do Presidente da República, o ex-presidente terá direito: aos serviços de quatro servidores para atividades de segurança e apoio pessoal; a dois veículos oficiais, com respectivos motoristas”.