Segundo dados da Rede de Observatórios da Segurança, o Brasil registrou mais de 2400 casos de violência contra a mulher em 2022, sendo que aproximadamente 500 foram feminicídios. A preocupação com a segurança da mulher é uma das pautas em discussão no 1º Encontro Nacional das Casas da Mulher Brasileira, que teve início nesta segunda-feira (17) e se estenderá até amanhã.
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A Casa da Mulher Brasileira (CMB) “atua como rede de proteção e atendimento humanizado às mulheres em situação de violência”. Sob responsabilidade da Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS), a Casa oferece serviços de acolhimento e triagem; apoio psicossocial; delegacia; acesso à Justiça, ao Ministério Público e à Defensoria Pública.
“Para que não tenhamos cada local com uma casa isolada, sozinha, nós precisamos ter uma linha de atendimento, uma linha da qualidade, da efetividade do resultado, enquanto uma política nacional que vai dar conta de respaldar a vida das mulheres e garantir segurança no atendimento”, afirmou a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.
A ministra do Povos Indígenas, Sônia Guajajara, ressaltou a importância de efetuar uma abordagem adequada contemplando as necessidades específicas das “mulheres indígenas, negras, de periferia, quilombolas e ribeirinhas que estão em todos os lugares onde a violência também está muito presente. Então é muito importante essa adequação, esse olhar especial para essa diversidade. Não podemos mais pensar em uma casa com atendimento de forma padronizada”.
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Está prevista a inauguração de 40 novas unidades da Casa da Mulher até outubro deste ano. Atualmente estão em funcionamento 7 unidades, localizadas em Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), São Paulo (SP), Boa Vista (RR), São Luís (MA) e na Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal.