A família de José Lael Rodrigues, advogado assassinado em outubro de 2024, expressou profundo pesar após o falecimento de Daniele Barreto, médica acusada de planejar o homicídio. O advogado da família, Guilherme Maluf, afirmou que o desejo sempre foi por justiça, com a responsabilização formal de Daniele pelo Judiciário, e não por vingança. Ele ressaltou que a prisão preventiva de Daniele representava um alívio para a família, mas o trágico desfecho surpreendeu a todos.

Daniele foi encontrada morta no Presídio Feminino (Prefem), em Nossa Senhora do Socorro, horas após retornar de uma audiência de custódia. Segundo a Secretaria de Estado da Justiça e de Defesa do Consumidor (Sejuc), ela foi encontrada desacordada em sua cela, com um lençol enrolado ao redor do pescoço. A equipe de saúde do presídio prestou os primeiros atendimentos e acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que confirmou o óbito.

O advogado de defesa de Daniele, Fábio Trindade, afirmou que a cliente havia alertado as autoridades sobre os riscos à própria vida caso fosse levada de volta ao presídio. Ele destacou que Daniele demonstrava sinais graves de sofrimento, como automutilação e pensamentos suicidas, e que foi retirada do tratamento e colocada em uma situação de risco. A defesa questiona a decisão de retornar Daniele ao sistema prisional, considerando o contexto de sua saúde mental.