O presidente Lula (PT) embarca neste domingo (16) para Bruxelas, onde participará da terceira Reunião da Cúpula entre a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) e a União Europeia (UE), agendada para os dias 17 e 18 de julho. O evento contará com a participação de todos os 33 mandatários dos países latino-americanos e caribenhos, além de 27 líderes europeus.
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A UE, vê neste encontro uma oportunidade para fortalecer as parcerias entre os países dos dois blocos, procurando colaborar de forma conjunta na promoção de transições ecológicas e digitais justas. Ao mesmo tempo, o presidente Lula busca articular um acordo comercial num âmbito mais regional entre a UE e o Mercado Comum do Sul (Mercosul), composto pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
Contudo, o subsecretário argentino para assuntos latino-americanos e caribenhos, Gustavo Martinez Pandiani, afirma não ter expectativas de firmar ou concluir acordos pendentes.
“CELAC-UE não é o local apropriado para a negociação de acordos comerciais. É um fórum político”, afirmou a um pequeno grupo de repórteres. “Nós [Mercosul] desejamos um acordo justo e equilibrado, no qual todas as partes tenham algo a ganhar”, acrescentou.
A polêmica em torno das negociações surgiu após o parlamento francês vetar o acordo Mercosul-União Europeia (UE), acrescentando ainda uma nova carta ao texto-base, por não aprovar as medidas adotadas pelo Brasil em relação à agricultura.
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Em resposta às críticas dos dirigentes dos países do Mercosul, um oficial da UE, explicou que não se trata de um acordo projetado para prejudicar somente uma das partes, mas sim para promover o crescimento de ambas.
“Nós não propusemos ou estamos a propor quaisquer sanções. Nós estamos tentando elevar o nível da maré para que todos os barcos flutuem nela, por meio de uma abordagem sólida e sustentável”, afirmou.