A deputada federal Luciene Cavalcante (PSOL-SP) apresentou uma notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o parlamentar Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A ação foi motivada pelo discurso proferido pelo deputado durante um evento pró-armas em Brasília neste domingo (9), no qual comparou “professores doutrinadores” a traficantes.
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“Não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar os nossos filhos para o mundo do crime. Talvez até o professor doutrinador seja ainda pior, porque ele vai causar discórdia dentro da sua casa, enxergando opressão em todo o tipo de relação”, disse Eduardo, durante o Encontro Nacional pela Liberdade.
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A deputada do PSOL, Luciene Cavalcante mencionou que o professor doutrinador “é aquele que apresenta conteúdos em sala de aula contra hegemônicos e plurais, visando uma educação crítica e emancipatória, ou seja, uma visão divergente das crenças e entendimentos” de Eduardo Bolsonaro.
A parlamentar acrescentou ainda que a fala pode enquadrar-se como um “verdadeiro discurso de ódio contra professores”. Nas redes sociais, Cavalcante confirmou a notícia-crime apresentada. “Contra a violência simbólica, que depois se transforma em atos concretos de ataques contra as escolas, e eles mesmo lavam as mãos dizendo nada ter a ver com isso. Basta”, escreveu em resposta a uma matéria publicada pelo jornal a Folha de São Paulo.