No fim da tarde de domingo (7), a tranquila Vila Afonso Gil, zona sul de Teresina, foi palco de uma execução que chocou moradores. Yara Beatriz da Silva Sousa, de 24 anos, foi morta por disparos de arma de fogo enquanto caminhava para um carro preto que se aproximou. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento exato do crime: tiros múltiplos, a vítima correndo e, em seguida, caindo próxima a um bar da região. A Polícia Militar foi acionada rapidamente, mas os assassinos fugiram sem deixar vestígios.
Yara era irmã de Maria Eduarda da Silva — conhecida no meio criminal como “Charmosinha do 15” — o que reacendeu suspeitas sobre envolvimento da vítima com facções criminosas atuantes em Teresina. Também há menção de parentesco com um desaparecido desde junho, o que adiciona tensão ao caso. A investigação da Polícia Civil do Piauí considera duas linhas principais: crime ligado ao tráfico de drogas, ou um “acerto de contas” entre facções rivais.
As autoridades identificaram dois suspeitos que estavam no veículo usado na execução e já iniciaram diligências para capturá-los — mas até agora nenhum foi preso. A morte de Yara reacende debates sobre segurança pública e o impacto da atuação de facções nas comunidades periféricas. Num contexto mais amplo, o crime expõe fragilidades na prevenção à violência e na proteção de jovens vulneráveis em áreas marcadas por disputas criminosas e ausência de oportunidades.
