O recente IBGE lançou os resultados do Censo Demográfico 2022 atualizados, incluindo pela primeira vez dados sobre sobrenomes — e o estado de Sergipe chama atenção nacionalmente. No levantamento, o sobrenome Santos figura em surpreendentes 43,38% dos registros de sergipanos — a maior incidência de um único sobrenome entre todas as unidades da federação.
Este padrão singular contrasta com o panorama nacional, onde o sobrenome mais comum é Silva, presente em cerca de 16,76% da população brasileira. A prevalência de “Santos” em Sergipe, que só tem paralelo em uma maior incidência no estado vizinho da Bahia (onde “Santos” também lidera o ranking local), revela traços culturais ou históricos de ligação familiar e migratória que merecem atenção.
Além da curiosidade estatística, o dado traz implicações interessantes: no site interativo “Nomes no Brasil” do IBGE, os usuários podem observar a evolução de nomes e sobrenomes por década, por sexo, e por localidade. Em Sergipe, essa forte concentração sob o sobrenome “Santos” — quase metade dos moradores — indica um padrão demográfico que pode refletir redes familiares amplas, pouca dispersão nominal ou mesmo processamentos de registro que favorecem a repetição. Para quem trabalha com comunicação, marketing ou políticas públicas, esses dados ajudam a entender como os cidadãos se identificam — começando por algo tão pessoal quanto o próprio nome.
