Nesta terça-feira (29), a empresa de viagens 123milhas protocolou um pedido de recuperação judicial no Tribunal de Justiça de Minas Gerais. A decisão surgiu após a agência ter anunciado, no dia 18 de agosto, que por “motivos alheios à sua vontade” suspenderia a emissão de passagens e pacotes da linha promocional entre setembro e dezembro deste ano.
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O valor da causa, conforme registrado no documento protocolado, está estimado em cerca de R$ 2,3 bilhões, de acordo com informações veiculadas pela Bloomberg Línea.
A empresa emitiu um comunicado para esclarecer os motivos por trás do pedido de recuperação. Segundo a 123milhas, a opção pela Recuperação Judicial tem como objetivo “centralizar todos os valores pendentes em um único tribunal”, visando acelerar a busca por soluções junto aos credores, “e restabelecer gradativamente sua estabilidade financeira”.
Acrescentaram ainda que a agência “permanece fornecendo dados, informações e esclarecimentos às autoridades competentes sempre que solicitados. A empresa e seus gestores se disponibilizam, em linha com seus compromissos com a transparência e a ética, a construir conjuntamente medidas que possibilitem pagar seus débitos, recompor sua receita e, assim, continuar a contribuir com o setor turístico brasileiro”.
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Tanto a Defensoria Pública de Minas Gerais quanto a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) já notificaram a empresa, para obter esclarecimentos acerca da situação. Além disso, exigiram a emissão das passagens aéreas contratadas ou a devida indenização dos consumidores prejudicados pela suspensão dos serviços.